sábado, 26 de abril de 2008

Sintia Alves


Nome: Sintia Cristina Alves da Silva.



Onde nasceu ? Ribeirão/PE.



Filha de: Maria auxiliadora e Mauricio Alves.



Data de Nascimento: 1984.




Como começou seu interesse pelas artes?
Começou desde cedo, começou com pintura, desenhando em casa. Eu achava interessante, bonito, logo em seguida eu entrei no Pro Cuca, projeto que trabalhava arte e educação nas escolas, com 13 anos de idade. Depois, comecei a fazer teatro, comecei a me envolver e entrei no Pro Cuca como oficineira fazendo um trabalho de artes plástica.




Você lamenta o fim do Pro Cuca??
Com certeza, pois foi um projeto pioneiro no Cabo de Santo Agostinho, trabalhando arte e educação, e que era muito importante na formação de cidadãos.




E o teatro??
O teatro surgiu através do contato com algumas pessoas como Evânia e Edmilson. Estava rolando uma oficina com o grupo Luz e Sombra, foi aí que eu me inscrevi comecei a participar. Depois eu fiquei mais próxima de Vidgal e participamos de uma MOCASPE – Mostra Cabense de Sketes e Poesias Encenadas, chamada de “UM BUCADO DE TE E DE MIM”. Um monologo bastante premiado.




Até então você atuava? E como foi que surgiu o interesse de criar?
Bem, como eu estava muito perto de Vidgal, e ele tinha essa necessidade de artes plástica, eu acabei me envolvendo, já que sou artista plástica, e como amigo acabamos fazendo várias parcerias. Logo em seguida veio um trabalho com Edes di Oliveira, na peça “NAS VORAGENS DO PEGADO”. E agora com o espetáculo “O CAVALO QUE DEVECAVA DINHEIRO” , que também estou atuando e faço a direção de arte em geral.A pintura é uma paixão Sntia?Minha vida gira em torno da pintura, eu acordo respirando pintura, vivo pensando em pintura, e acho muito importante esse contato com as artes. Participei da ultima exposição na Aeronáutica, há dois anos atrás e fui classificada, como melhor pintura de Pernambuco, e ganhei um prêmio. Antes disso, fiz uma exposição individual, que foi “UM OLHAR SOBRE A JANELA”. Procuro sempre buscar elementos novos na minha pintura, e uma delas é a reciclagem, acho muito importante trabalhar a reciclagem com a pintura, buscando uma inovação.




Quais são as dificuldades que você tem pra realizar uma exposição ?
É mais a questão técnica, não existe um espaço no município adequado para você expor seu trabalho, um lugar que tenha segurança, qualidade e conforto, e financeira também, já que não existe um apoio nessa área. Temos aqui no Cabo de Santo Agostinho, um espaço chamado “Mercado de Farinha”, que é o Mercado das Artes, só que ele não suporta uma exposição maior, seria um espaço mais voltado para quem esta começando, e ele também não oferece uma estrutura compatível com uma boa galeria.




Como você se sente não tendo um local adequado para expor seu trabalho, na cidade onde mora?
Frustrada... Por que tenho necessidade, vontade, mais não tenho apoio.




É aí que o teatro entra ? Como um apoio?
Ajuda sim , por que o teatro é mais fácil, o teatro não depende muito dessa coisa física, é mais seu trabalho de ator, você vai e faz, seja na rua , seja no palco.Fala um pouco do “CAVALO QUE DEFECAVA DINHEIRO”.O espetáculo é parte de uma literatura de cordel, de Leandro Gomes de Barros, com direção de Ednilson Oliveira, direção musical de Osvaldo Costa e a direção de arte é minha. O figurino é uma homenagem a xilogravura, ele é trabalhado em material cru, tecido cru, algodão e estopa, e quando eu falo nessa homenagem a xilogravura, é pela estética dele, ele é contornado preto com viés, é um figurino que lembra muito aqueles bonecos de barros de Caruaru, aqueles formatos meio geométricos, algo naquela linha. Este figurino é o resultado de uma pesquisa de mais de três meses, nós assistimos filmes , lemos revistas, sentamos e discutimos pra chegar a esse resultado. No espetáculo, eu faço duas personagens, que é a mulher do pobre e a mulher do Duque, e faço a manipulação de um boneco gigante.




Projetos futuros?
O grupo “Os Caboêtas” pretende fazer novos Episódios de Cordel, de outros artistas, inclusive de Flávio Alves. Ele lançou duas literaturas de cordel, e esta em processo de lançamento de outras. Pretendemos fazer um trabalho também voltado as empresas com literatura de cordel para a área de prevenção de segurança do trabalho, usando a literatura de cordel pra conscientizar.

Um comentário:

Alexandre Diogo disse...

omentario enviado por Edson Oliveira em 01/12;2007.

Conheço o trabalho de Sintia Alves, já tive a oportunidade de visitar sua exposição no mercado das artes e pude confirmar o excelente trabalho que ela desenvolve. Você concegue ver a técnica em detrimento com a estética e o resultado é uma obra maravilhosa. Parabéns Sintia e não deixe que essas \"barreiras\" nos prive de apreciar tão belas artes.
Parabéns também ao Nação Cultural por este espaço de oportunidades de tamanha qualidade que nos oferecido por Alexandre Diogo.